A definição de I&D internacionalmente utilizada pelo Manual de Frascati refere que “as atividades de investigação e desenvolvimento experimental (I&D) compreendem o trabalho criativo desenvolvido de forma sistemática tendo em vista aumentar a base de conhecimentos, incluindo o conhecimento sobre o homem, a cultura e a sociedade, e o uso deste conhecimento para criar novas aplicações”.
Num mercado cada vez mais competitivo a inovação tem ganho uma posição de destaque, permitindo às empresas diferenciarem-se da concorrência. Atualmente, os gestores encontram-se muito despertos para a crescente necessidade de inovar – produtos, serviços e até mesmo a própria estrutura organizacional. O investimento em I&D apresenta inúmeras vantagens sobretudo para uma estratégia a longo-prazo.
Embora este tipo de investimento incorpore diversos benefícios, entre eles os potenciais lucros, os gestores das empresas sentem algum receio. Este sentimento deve-se ao facto desses lucros nem sempre poderem surgir de forma rápida e em grande escala. Os gestores acabam então por apostar em investimentos de curto prazo, onde os retornos são menores mas com um nível de assertividade superior. Porém, é precisamente este “mindset” que impede as empresas de se tornarem mais competitivas e inovadoras.
De forma a que se estabeleçam mudanças nas empresas e que estas acompanhem o mercado cada vez mais competitivo, um gestor deve apostar no investimento em I&D pois oferece a garantia de que os produtos nacionais continuam a existir em mercados globais fortes e competitivos. Para que este investimento seja bem-sucedido e os constrangimentos que a ele estão associados sejam ultrapassados, o gestor deve mudar a sua atitude e as decisões que toma, pois estas espelham a estratégia assumida pela empresa. Desta forma, segundo o “Exploring the Principles of R&D Leadership with Award-Winning R&D Leaders”, estudo da revista científica Research Technology Management, um gestor bem-sucedido no sector da Investigação e Desenvolvimento deve possuir as seguintes características:
Segundo o mesmo estudo da Research Technology Management, existem vários fatores que permitem ao gestor verificar se foi bem-sucedido na sua estratégia de investimento em I&D. Entre estes destacam-se:
Após a análise das características necessárias para um gestor empresarial que atua no sector da I&D ser bem-sucedido, destacamos as 7 estratégias para consolidar o seu papel enquanto um líder inovador:
Em suma, características como a criação de uma cultura de trabalho empreendedora, possuir uma atitude motivadora, uma visão tolerante ou valorizar as diferenças, podem ser vistas como as características que qualquer líder deveria ter.
No entanto, face à complexa natureza do sector da I&D, o gestor deve possuir um leque de características muito mais dinâmicas e abrangentes. Deve ser intuitivo e não ter medo de arriscar, pois como nos diz Luísa Marques, uma das fundadoras do MBA Executivo da Porto Business School: “ser empreendedor é saber arriscar”.