Os resultados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) revelam que a despesa total nacional em Investigação e Desenvolvimento (I&D) atingiu 4.523 milhões de euros, representando 1,70% do PIB nacional. Um crescimento de 10% quando comparado à despesa em I&D de 2022.
As estatísticas que dizem respeito aos recursos humanos e financeiros afetos a atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal, em 2023, foram divulgadas pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, a partir do IPCTN.
Responsável pela execução de 2.834 milhões de euros, o setor das Empresas representou 63% da despesa nacional em I&D. Por sua vez, o setor do Ensino Superior registou 30% (1.367 milhões de euros) da despesa total e os setores do Estado e das Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos (IPSFL) foram responsáveis por 4% e 3%, respetivamente.
Face a 2022, a despesa em I&D aumentou em todos os setores de execução. As IPSFL registaram um aumento de 21 milhões de euros (+ 22%), o setor Estado de 27 milhões de euros (+ 16%), as Empresas de 268 milhões (+ 10%) e o Ensino Superior de 82 milhões (+ 6%).
Despesa nacional em I&D
Em 2023, o número total de pessoas a exercer atividades de I&D em Portugal, Equivalente a Tempo Integral (ETI), foi 79.257, dos quais 62.476 desempenharam funções de Investigador, valores que representam um crescimento de 7% e 6%, respetivamente, relativamente ao ano anterior.
É, por isso, de reforçar que os investigadores continuam a concentrar-se no setor Ensino Superior, 31.125 ETI (50%), e no setor Empresas, 28.363 ETI (45%).
O IPCTN constitui o instrumento oficial de recolha e produção de informação estatística sobre atividades de I&D em Portugal. Trata-se de uma operação inscrita no Sistema Estatístico Nacional, sendo a DGEEC o órgão delegado do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a execução da mesma. O IPCTN é um inquérito de âmbito censitário, realizado conforme critérios definidos internacionalmente pelo Eurostat, em articulação com a OCDE, tendo como referência o Manual de Frascati (2015).
É dirigido a todas as instituições potencialmente executoras de I&D enquadradas em quatro setores de execução, conforme definidos no seu manual de referência: Empresas, Estado, Ensino Superior e Instituições Privadas sem Fins Lucrativos (IPSFL).
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